A primeira coisa que a gente pensa é “porque isso está acontecendo comigo? ”, ou “É como se fosse uma doença muito, muito distante de nós. A gente sempre acha que acontece na vida dos outros e nunca na nossa família ou com a gente”.
Quando um familiar descobre que precisará enfrentar alguma doença grave
ou sem cura, é comum não saber como agir em um primeiro momento. Mas, além de
atingir o paciente, o impacto do diagnóstico também envolve todos à sua volta.
Por este motivo, é importante entender como lidar com a situação.
As reações são diversas, mas, em geral, em um primeiro momento costuma
haver uma sensação de perplexidade, de que o chão sai dos seus pés, além da
negação, de pensar que “este problema não é comigo”, “este exame deve estar
errado”, “isso não é possível”.
Envolver o familiar no dia a dia do paciente é um processo que pode
demorar algum tempo até que ele se adapte e sinta-se confortável para doar-se.
Isso porque, com a descoberta da doença, muda também toda a rotina de quem
convive diretamente com o paciente.
Mas, temos aqui algumas boas dicas para você:
Agradeça tudo o que você tem
Eu não tenho tanta sorte. Tenho um “Linfoma” agressivo, que não pode ser
curado, me restando apenas alguns tratamentos. No entanto, a falta de sorte que
tenho por estar doente é recompensada por ter o apoio de minha esposa, família
e amigos, que me ajudam tanto do emocional, como prático. Também tenho a sorte
de contar com um bom plano de saúde, não tendo assim grandes preocupações
financeiras. Sempre que preciso ir ao hospital, lembro que muitas pessoas estão
em situações bem piores. E que eu não tenho o direito de reclamar.
Uma coisa de cada vez
Não é possível processar todas as informações e detalhes do tratamento.
O melhor conselho é levar o tratamento passo a passo. Preocupar-se sempre com o
estágio atual, não com o futuro. Dividindo o tratamento em etapas, e também
celebrar cada etapa, comemorando cada vitória.
Não se assuste com as estatísticas
Qualquer estatística, se trata de uma média, e elas variam com a idade,
estado geral de saúde, tratamentos anteriores, o que pode até aumentar suas
chances.
Se informe, mas não tanto
Passar muito tempo pesquisando sobre a doença na internet, procurar,
além de informações científicas, relatos de pacientes, com suas experiências
com a doença.... Dentre todas essas informações, prefira acreditar mais no que
lhe é dito pelos médicos que cuidam do seu tratamento.
Crie o seu banco de dados
Comece fazendo um fichário, organizando por tópicos. Com o tempo passe
tudo para o notebook o um pendrive, para facilitar as anotações em cada
consulta. Sempre se prepare antes de cada consulta, e de acordo com tudo que
tenha anotado, assim, se sentia mais confiante para questionar os médicos sobre
possíveis mudanças no seu tratamento.
Não quero aqui menosprezar sofrimento ou a
gravidade de nenhum diagnóstico, mas gostaria de incentivar uma reflexão:
por qual motivo deixamos que nossa vida se resuma a um diagnóstico
normalmente desastroso e sem esperanças?
Não temos escolhas sobre a probabilidade de
desenvolver uma doença. Mas temos total escolha sobre o modo com que
vamos enfrentá-la.
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